*Sêmia Mauad/ Opinião MT
Em entrevista coletiva dada a imprensa, na manhã desta sexta-feira, dia 14 de março, a diretora da Perícia Oficial e Identificação Técnica, Politec, Alessandra Carvalho Mariano, disse que a Emilly Azevedo Sena, teve o ventre aberto pela acusada para a retirada do bebê, enquanto a adolescente ainda estava viva.
“Ela sofreu muito. A menor sofreu múltiplas lesões por ações contundentes, com vários mecanismos de trauma. Por exemplo, ela pode ter levado um soco no olho. Ela estava machucada no olho e na face. Ela estava contida nos punhos, nas pernas e no pescoço, e também tinha um objeto circundando seu pescoço, além de lesões no corpo decorrentes de ações contundentes. Pode-se afirmar com certeza que ela não morreu por asfixia. Ela pode ter passado por um momento de suprimento de oxigênio transitório, mas que não deixou vestígios no momento da morte. O que temos de vestígios para afirmar é que ela morreu após perder muito sangue”, disse a médica legista.
Ainda segundo a médica legista, a acusada pelo crime, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, fez um corte preciso, e preservou as camadas do corpo humano. Ela fez uma abertura uterina em formato de T, sem machucar o recém-nascido. A necropsia no corpo da adolescente ainda mostrou que a acusada não hesitou durante o procedimento.
“Com duas aberturas no abdômen, feitas em forma de T. As aberturas foram precisas, preservando as camadas do corpo humano e uma abertura uterina que preservou, inclusive, o feto, pois encontramos vestígios de restos placentários. Não há dúvida nenhuma de que se trata de um corpo de uma mulher grávida. Como ela estava viva, tiraram o neném. Ela foi agonizando e morreu. Na necropsia temos certeza de contenção física e contenção química em relação ao uso de substâncias químicas. Só teremos certeza quando sair o exame toxicológico, que já está em andamento”, explicou.
A jovem que teve a barriga cortada para a retirada da recém-nascida, morreu porque perdeu grande quantidade de sangue, devido ao corte, segundo a Politec. Além disso, a médica legista afirmou que a equipe médica que atendeu o recém-nascido afirmou que o bebê não teve falta de oxigênio e está bem.
“Tivemos uma conversa com a médica assistente, a ginecologia obstetra, e o nenê estava ótimo, o que condiz com o resultado da necropsia, que indica que ela estava viva do início ao fim do parto. O nenê não teve privação de oxigênio. Foram lesões precisas que não houve hesitação durante o início e o fim. Foi certeiro. Abriram o útero, preservando sem machucar o nenê. A manobra foi muito bem feita”, concluiu a médica legista.
VEJA VÍDEO DA ENTREVISTA DADA PELA DIRETORA DA POLITEC
Vídeo: Midia News