O Ministério da Saúde adotou uma nova estratégia de vacinação para o HPV (sigla em inglês Papilomavirus Humano), que agora é em dose única substituindo o antigo modelo em duas aplicações.
A recomendação da dose única foi embasada em estudos com evidências robustas sobre a eficácia do esquema frente às versões com duas ou três etapas. Além disso, o esquema segue as recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O público alvo continua sendo formado por meninos e meninas entre 9 a 14 anos.
A ideia é intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus. O câncer de maior preocupação relacionado ao HPV é o de colo de útero, também chamado de cervical, que mata mais de 300 mil mulheres por ano no mundo. Trata-se da principal causa de morte entre mulheres na América Latina, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). E 70% dos casos desse câncer são causados pelo HPV, ou seja, é o único câncer que pode ser prevenido por meio de vacinação.
Como explica a gerente de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Carrera, em Mato Grosso, os municípios de Várzea Grande e Rondonópolis estão entre as cidades prioritárias no resgate de adolescentes não vacinados, portanto é preciso aumentar a adesão à vacinação e ampliar a cobertura vacinal.
“É importante que os pais levem os filhos às unidades de saúde para que sejam imunizados, não somente contra o HPV, mas também de outras doenças”, destacou.
A secretária de Saúde, Deisi Bocalon, reforçou a necessidade de se manter a vacinação, principalmente, contra doenças que podem ser evitadas. “Temos uma forma de prevenção gratuita e eficiente, que é a vacina, e neste momento estamos chamando à atenção para a vacinação contra o HPV. É importante que os adolescentes tenham esse autocuidado para que não desenvolvam doenças difíceis de lidar”, completou.
*Katia Passos