Os confrontos na Síria entre forças de segurança e apoiadores do ex-ditador Bashar al-Assad resultaram em mais de mil mortes em apenas dois dias. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, a violência se concentrou na região costeira, especialmente em Latakia, e incluiu 745 civis, 125 militares do governo e 148 combatentes ligados a Assad.
Inúmeros confrontos na Síria desde a última quinta-feira
Os confrontos na Síria tiveram início na quinta-feira (6), sinalizando um novo desafio para o governo estabelecido em Damasco. Três meses após os insurgentes assumirem o controle do país, a instabilidade continua a ameaçar a segurança da população.
Na sexta-feira (7), a violência atingiu um novo patamar quando atiradores sunitas leais ao governo passaram a alvejar integrantes da minoria alauita, históricos apoiadores do regime de Assad. O conflito não se limitou a embates armados; diversos testemunhos indicam que casas foram saqueadas e incendiadas, enquanto corpos de vítimas eram deixados em locais públicos, impedindo que familiares pudessem removê-los.
A situação se tornou insustentável para muitos moradores, levando ao deslocamento de centenas de famílias. Relatos locais informam que ao menos 600 corpos já foram enterrados, e a descoberta de valas comuns reforça o impacto devastador dos confrontos na Síria. Muitos membros da comunidade alauita fugiram para as montanhas em busca de segurança, temendo novos ataques.
Resposta do Governo Sírio
Em meio à escalada da violência, o governo sírio afirmou ter retomado o controle de grande parte das regiões afetadas pelos conflitos. Segundo a agência de notícias estatal, um porta-voz do Ministério da Defesa declarou que todas as estradas que dão acesso à região costeira foram bloqueadas para impedir mais violência e restaurar gradualmente a ordem.
Os confrontos na Síria seguem deixando um rastro de mortes e deslocamentos. A retomada do controle pelo governo pode trazer uma aparente estabilidade momentânea, mas a situação ainda é delicada e instável. Com milhares de mortos e população deslocada, a crise humanitária na região permanece longe de uma solução definitiva.