Os Correios enfrentam a sua pior crise desde a sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663. À beira do colapso financeiro, a estatal anunciou que aumentará suas tarifas nos próximos meses, conforme documento interno que detalha medidas para sustentabilidade econômico-financeira. O reajuste pode chegar a 81,6%, com previsão de aplicação já em abril, caso a proposta seja aprovada.
Correios aumentará tarifas e os consumidores pagarão a conta do rombo
A empresa, elaborou um plano com diferentes cenários de reajuste, variando entre 12%, 20%, 45% e 81,6%. O maior percentual garantiria um reforço de R$ 3,4 bilhões no caixa da estatal, adiando, porém, uma possível nova insolvência.
No documento, os Correios afirmam que a última revisão tarifária ocorreu em 2017, com um reajuste de 4,094%. Segundo a estatal, esse aumento foi insuficiente para cobrir os custos operacionais, agravando a atual situação financeira da empresa.
Outro ponto destacado no estudo interno é o impacto negativo da chamada “taxa das blusinhas” sobre a arrecadação dos Correios. O tributo, implementado pelo Ministério da Fazenda, dificultou a entrada de produtos importados de pequeno valor, reduzindo o volume de encomendas processadas pela estatal. A queda na receita teria acelerado o desequilíbrio financeiro da empresa.
Próximos passos e aprovação do reajuste
A proposta de reajuste tarifário será apresentada nos próximos dias para análise interna. O primeiro passo é a aprovação pela diretoria dos Correios, o que não deve encontrar resistência. No entanto, o maior desafio será a aprovação pelo conselho da estatal, onde o tema pode enfrentar debates mais intensos.
Os Correios aumentará tarifas como medida para evitar a insolvência, apostando em reajustes expressivos para reequilibrar suas finanças. O impacto dessa decisão será sentido pelos consumidores e empresas que utilizam os serviços da estatal. O desfecho do debate interno será decisivo para definir o futuro da estatal e o custo dos serviços postais no Brasil.