*Sêmia Mauad/Opinião MT
Foi suspenso temporariamente, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as linhas de crédito subsidiadas do Plano Safra 2024/2025. A exceção é do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, Pronaf.
Os motivos para a suspensão, segundo o Ministério da Fazenda, são o aumento da taxa básica de juros, que teria aumentado o custo do subsídio, e atraso na votação do orçamento deste ano no Congresso. Isso na prática significa que existe a falta de recursos no orçamento para o custeio das linhas.
Ainda de acordo com o Ministério da Fazenda a interrupção deve seguir até a aprovação da Lei Orçamentária Anual. A votação deve ocorrer somente após o carnaval.
É importante ressaltar que o Plano Safra 2024/2025 foi anunciado pelo governo federal como o maior programa de crédito rural do país, o que incluía linhas para pequenos, médios e grandes produtores.
Diante da suspensão, a Aprosoja-MT, mostrou preocupação e reforçou a medida que pode impactar a segurança alimentar e econômica do país. No fim das contas, os consumidores serão diretamente impactados porque poderá ocorrer alta nos preços dos alimentos.
“A falta de crédito pode refletir diretamente no abastecimento interno, influenciando o preço dos alimentos e pressionando a inflação. Soja e milho são insumos essenciais para a cadeira produtiva de proteínas, e qualquer dificuldade na produção desses grãos afeta diretamente o preço da carne, do leite e dos ovos, prejudicando toda a população, especialmente as famílias de menor renda. além disso, a medida coloca em risco a posição do Brasil no mercado internacional”, alertou a Associação.
A Aprosoja- MT ainda por meio de nota, afirmou que a suspensão das linhas de crédito vai comprometer a estabilidade financeira dos produtores rurais.
“O crédito rural é a base para a produção agrícola no Brasil, garantindo que os produtores tenham acesso a recursos para custear suas lavouras, investir em tecnologia e manter a competitividade no mercado global. Sem esse apoio, muitos enfrentarão dificuldades para financiar suas operações, o que pode resultar na redução da área plantada, na queda da produtividade e no aumento dos custos operacionais”, explicou.