A eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência do Senado é vista pela oposição como uma oportunidade para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) antes das eleições de 2026. Alcolumbre, que conta com o apoio de Lula, pode se beneficiar de uma aliança com a oposição, garantindo sua reeleição para o comando do Senado em 2027.
Acordos de bastidores e parcerias de longo prazo com Alcolumbre
Notícias de bastidores indicam que um acordo foi costurado por figuras como Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), contemplando uma parceria de longo prazo. Em uma conversa franca, os líderes da oposição disseram a Alcolumbre que, embora ele se elegeria presidente do Senado com o apoio de Lula, uma aliança com a oposição garantiria sua reeleição em 2027.
Antes das eleições de 2026, Alcolumbre será pressionado a fazer gestos em direção à ala de oposição. O mais significativo seria colocar em votação um projeto que dá ao Congresso o poder de reverter declarações de inelegibilidade pela Justiça Eleitoral. O principal beneficiário dessa medida seria Jair Bolsonaro.
Eleições de 2026 e a pedidos de Anistia
A oposição trabalha com a tese de que, nas eleições nacionais de 2026, fará a maioria no Senado, independentemente da candidatura ou não de Lula à reeleição. A anistia por eventual condenação de Bolsonaro por participação nos atos de 8 de janeiro só será discutida após um veredito no Supremo Tribunal Federal (STF).
A eleição de Davi Alcolumbre para a presidência do Senado representa uma estratégia da oposição para garantir a elegibilidade de Jair Bolsonaro nas próximas eleições. A pressão sobre Alcolumbre para apoiar projetos que revertam declarações de inelegibilidade será um teste crucial para essa aliança política.