Após semanas de conflito e negociações intensas mediadas por potências internacionais, Hamas e Israel chegaram a um acordo de cessar-fogo nesta quarta-feira (15). A medida promete aliviar a crise humanitária em Gaza e iniciar a libertação de reféns, segundo informações confirmadas por fontes envolvidas nas negociações.
Acordo de Cessar-Fogo entre Hamas e Israel
Fontes diplomáticas e autoridades internacionais, incluindo o Catar, desempenharam papel central nas negociações que culminaram no acordo. De acordo com a agência Reuters, o Hamas aceitou uma proposta preliminar pela manhã, incluindo a devolução de reféns e um cessar-fogo inicial de seis semanas. Essa fase deve incluir a libertação de 33 reféns israelenses e um plano para a retirada gradual das forças israelenses do centro de Gaza.
Por outro lado, o governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, inicialmente negou que o acordo tivesse sido aceito pelo Hamas. Contudo, declarações posteriores do grupo palestino à rede de TV Al Jazeera indicaram que a proposta foi aprovada verbalmente e encaminhada aos mediadores.
A nova administração Trump pressionou por uma solução que envolvesse a libertação de reféns e um aumento na ajuda humanitária para Gaza. A expectativa era de que um cessar-fogo pudesse permitir maior acesso para a entrega de suprimentos essenciais ao território devastado pelo conflito.
Apesar do avanço nas negociações, questões críticas permanecem em aberto. Uma das mais polêmicas é quem assumirá o governo de Gaza após a guerra. Israel rejeita o retorno do controle ao Hamas, mas também expressa resistência à administração pela Autoridade Palestina, atualmente responsável por partes da Cisjordânia.
Enquanto isso, o grupo Jihad Islâmica, aliado do Hamas, também confirmou sua aprovação ao acordo. A trégua inicial deve criar condições para a libertação de reféns, enquanto um segundo estágio prevê um cessar-fogo permanente e a retirada total das forças israelenses.