Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, declarou nesta terça-feira (7) uma série de mudanças na estratégia da empresa com foco na liberdade de expressão. Durante o discurso, ele destacou a necessidade de enfrentar desafios globais relacionados à censura, afirmando que trabalhará em parceria com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para combater pressões governamentais que afetam empresas americanas.
Zuckerberg: Liberdade de expressão como prioridade
Mark Zuckerberg apontou que a Meta pretende alinhar suas políticas com valores que priorizem a liberdade de expressão. Ele criticou medidas adotadas em várias regiões do mundo, incluindo a América Latina, onde tribunais secretos podem, segundo ele, obrigar empresas a removerem conteúdo de forma silenciosa. O CEO também destacou que países europeus implementam leis cada vez mais restritivas, dificultando a inovação no setor tecnológico.
“O único caminho para resistir a essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA”, afirmou Zuckerberg. Ele ressaltou que, nos últimos quatro anos, a pressão do próprio governo americano sobre empresas de tecnologia contribuiu para que outras nações intensificassem práticas de censura.
Reformulação na moderação de conteúdo
Entre as mudanças anunciadas, a Meta está implementando um sistema de “notas de comunidade” para auxiliar na moderação de conteúdo. Essa abordagem, segundo Zuckerberg, visa reduzir restrições em temas controversos, como imigração e gênero, promovendo um ambiente mais próximo das origens da plataforma, que tinha como objetivo dar voz às pessoas.
O CEO explicou que os filtros de moderação da Meta agora terão foco em violações graves e ilegais. “Para questões de menor severidade, dependeremos de denúncias feitas por usuários antes de tomar uma ação”, detalhou. A nova estratégia busca equilibrar a liberdade de expressão com o combate a conteúdos prejudiciais, sem imposições excessivas.
Apoio estratégico e novos membros no conselho
A aproximação da Meta com Donald Trump também se reflete em mudanças no conselho da empresa. Foram anunciadas três novas indicações: Dana White, CEO do Ultimate Fighting Championship (UFC) e conhecido aliado de Trump; Charlie Songhurst, ex-executivo da Microsoft e especialista em inteligência artificial; e John Elkann, CEO da holding Exor, que controla empresas como Ferrari e Juventus Football Club.
Essas escolhas sinalizam uma estratégia de fortalecer laços com influentes figuras empresariais e políticas, enquanto a Meta enfrenta desafios tanto no mercado norte-americano quanto internacional.
Zuckerberg reforçou que a Meta busca resgatar sua essência, promovendo um ambiente digital que valorize a liberdade de expressão. Ele destacou que a empresa está comprometida em dar voz aos usuários, afastando-se de práticas que possam ser percebidas como censura.
“A Meta precisa ser um lugar onde as pessoas sintam que têm espaço para se expressar, respeitando os limites legais e éticos”, afirmou. As mudanças, segundo o CEO, visam criar um equilíbrio entre moderação eficiente e a promoção do diálogo livre.