A equipe econômica do governo Lula propôs um aumento do salário mínimo de R$ 1.517 para 2025. O valor representa um acréscimo de R$ 105 em relação ao piso salarial atual, de R$ 1.412, seguindo uma nova metodologia de cálculo que ajusta o salário em até 2,5% acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Salário mínimo de R$ 1.517 para 2025
A proposta de reajuste do salário mínimo de R$ 1.517 para 2025 introduz uma metodologia reformulada. O modelo atual considera a inflação acumulada nos últimos 12 meses e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. No entanto, o novo método estabelece um teto de crescimento de até 2,5% acima da inflação, com o objetivo de controlar as despesas obrigatórias vinculadas ao salário mínimo.
Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC acumulou uma alta de 4,84% nos últimos 12 meses. Com base nesses números, o cálculo do salário mínimo é realizado da seguinte maneira:
- Aplicação da correção inflacionária, somando o salário mínimo atual mais o percentual do INPC.
- Acrescenta-se o limite de 2,5% sobre o valor corrigido pela inflação.
Assim, o novo piso proposto para 2025 alcançará o valor de R$ 1.517, abaixo do salário mínimo calculado pela regra vigente, que seria de R$ 1.528.
A atual proposta do governo Lula representa uma tentativa de retorno à política de valorização real do salário mínimo, embora limitada pelo teto de 2,5%. Essa estratégia busca equilibrar a necessidade de incremento no poder de compra dos trabalhadores e o controle das despesas públicas.
Impactos no orçamento federal
O reajuste do salário mínimo impactará diretamente as despesas obrigatórias do governo federal, como aposentadorias, abono salarial e seguro-desemprego. Esses benefícios são vinculados ao piso salarial, de modo que qualquer aumento no salário mínimo gera um crescimento proporcional nos gastos da União.
Com o novo marco fiscal, o governo pretende implementar limites rigorosos para o crescimento dessas despesas, garantindo que o orçamento público não ultrapasse os tetos estabelecidos. A medida é vista como uma forma de manter o equilíbrio fiscal em um cenário de maior responsabilidade com os gastos.