A Polícia Civil de Alagoas segue investigando o caso de Albino Santos de Lima, conhecido como o “serial killer de Maceió”. O homem já confessou a autoria de oito homicídios, mas evidências apontam para sua ligação com mais dez mortes. Caso todas as suspeitas sejam confirmadas, o número total de vítimas pode chegar a 18.
O serial Killer de Maceió
Albino Santos de Lima confessou ter cometido oito assassinatos, mas as autoridades identificaram evidências que o conectam diretamente a outras duas mortes, elevando o número oficial para dez. Contudo, a polícia acredita que ele pode estar envolvido em mais oito homicídios. A delegada Tacyane Ribeiro, coordenadora da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirmou que as investigações continuam para confirmar a possível relação entre o acusado e os demais casos.
“Tecnicamente falando, a gente ainda tem oito casos, na verdade oito mortes, que ele pode ter envolvimento”, declarou Ribeiro em coletiva realizada na quarta-feira, 20.
Prisão e evidências balísticas
Albino foi preso no dia 17 de setembro, em sua residência no bairro da Ponta Grossa, em Maceió. Durante a operação, a polícia apreendeu uma arma que foi posteriormente submetida a análise balística. Os resultados confirmaram que o armamento foi utilizado para cometer pelo menos dez dos assassinatos atribuídos ao acusado.
Os crimes ocorreram entre os bairros do Vergel do Lago e da Ponta Grossa, localizados na periferia da capital alagoana. Todas as vítimas tinham idades entre 13 e 25 anos. Os assassinatos aconteceram em menos de um ano, evidenciando o padrão metódico e a frequência dos ataques.
Além dos crimes mais recentes, a polícia investiga a autoria de outros oito assassinatos que ocorreram entre 2019 e 2020. Esses crimes foram registrados em uma área diferente de Maceió, onde Albino residia antes de mudar para a Ponta Grossa. Segundo os investigadores, há indícios consistentes que conectam o acusado a essas mortes.
Modus operandi detalhado
Durante as investigações, a polícia teve acesso ao celular de Albino, que continha uma lista com possíveis futuros alvos. De acordo com a delegada Ribeiro, o suspeito utilizava redes sociais, como o Instagram, para monitorar as rotinas de suas vítimas. Ele acompanhava os locais frequentados por elas e usava essas informações para planejar os ataques.
Além disso, Albino demonstrava comportamento mórbido ao visitar as lápides das vítimas, onde tirava selfies na frente dos túmulos. Esses atos de escárnio reforçam a frieza com que ele conduzia os homicídios.
As investigações indicam que Albino Santos de Lima tinha um padrão claro ao escolher suas vítimas. A maioria era composta por mulheres jovens, de pele escura, o que, segundo a delegada, pode estar relacionado a questões pessoais do acusado. A polícia acredita que essa obsessão pode ter origem em uma rejeição enfrentada por ele no passado, embora o motivo exato ainda esteja sendo apurado.
Próximos passos da investigação
Com o objetivo de esclarecer todos os fatos, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa segue analisando evidências e realizando novas diligências. A prioridade da polícia é confirmar a autoria dos outros homicídios atribuídos ao *serial killer de Maceió*. Peritos também continuam examinando os dados do celular apreendido, na busca por novas pistas que possam ajudar a solucionar o caso.