A Assembleia Legislativa de Mato Grosso realiza no próximo dia 14 de novembro, audiência pública para celebrar o Dia Estadual do Rio Paraguai com o tema “Pantanal Vivo” na Câmara Municipal de Alto Paraguai.
O debate foi requerido pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que também fará uma caravana nos dias 14 e 15.
“O bioma pantaneiro tem sofrido com a emergência climática, com períodos de seca cada vez mais intensos e longos, e a preservação dele depende da proteção das nascentes do rio Paraguai e de outros cursos d’água que formam a planície alagada”, defendeu Lúdio Cabral.
PROGRAMAÇÃO
Na quinta-feira, a caravana “Água para a vida” sai de Cáceres às 6h da manhã. Em seguida, a comitiva passa por Porto Estrela, Barra do Bugres, Denise e Arenápolis, até chegar em Alto Paraguai por volta das 14h30. Cada um desses municípios receberá atividades. Após a audiência pública, marcada para as 15h, será oferecido um jantar à beira do rio Paraguai. Já no dia 15 de novembro, sexta-feira, a caravana continua em Alto Paraguai. Na agenda está a “Alvorada Pantaneira”, às 6h, e uma visita à Lagoa da Princesa e às nascentes do rio Paraguai. Ainda na sexta, o deputado e os comitês populares realizam atividades com a etnia Balotiponé, na Terra Indígena Umutina.
DATA INTEGRA CALENDÁRIO OFICIAL
Incluído no calendário oficial do estado pela Lei nº 7570/2001, o Dia do Rio Paraguai prevê a realização de atividades para comemoração da data como palestras e divulgação de estudos com objetivo de destacar a importância histórica e cultural do rio e garantir a proteção desse curso d’água. “As comunidades tradicionais e ribeirinhas, além de toda a população que vive nas regiões pantaneiras, dependem das águas do rio Paraguai, e nós precisamos garantir a conservação da abundância de água e vida que existe no bioma Pantanal”, completa Cabral.
A data foi escolhida para lembrar a manifestação realizada em 14 de novembro de 2000, quando o governador à época, Dante de Oliveira, foi até Cáceres para participar de uma audiência pública sobre o licenciamento ambiental do Porto de Morrinhos, que marcaria o início da Hidrovia Paraguai-Paraná. Porém, devido à forte mobilização popular, a audiência foi cancelada e o licenciamento do Porto de Morrinhos, suspenso pela Justiça meses depois.
*Ingridy Peixoto