Uma nova lista de marcas de azeite de oliva desclassificadas por fraude foi divulgada nesta terça-feira (22), pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. De acordo com o órgão, 12 marcas foram identificadas como impróprias para consumo e representam risco à saúde dos consumidores.
O azeite de oliva, frequentemente elogiado por seus benefícios, é também um dos produtos alimentares mais fraudados no mundo, e essa revelação reforça a necessidade de atenção redobrada na hora de comprar o produto.
Azeite de oliva: fraude confirmada em análises laboratoriais
Técnicos do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária realizaram análises físico-químicas nas amostras dos azeites de oliva mencionados. Os resultados confirmaram que esses produtos continham outros óleos vegetais não identificados em suas composições, o que compromete a integridade do produto. Essa adulteração, além de enganar o consumidor, gera sérios riscos à saúde, pois a origem e a qualidade dos ingredientes não são claras.
Segundo os especialistas do Ministério, a inclusão de óleos vegetais desconhecidos nos azeites de oliva impossibilita garantir a segurança alimentar e a autenticidade do produto. Assim, esses produtos são considerados impróprios para consumo, e as empresas responsáveis por sua fabricação estão sob investigação por práticas fraudulentas.
As marcas mencionadas na lista estão disponíveis no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). São elas:
1 – Grego Santorini;
2 – La Ventosa;
3 – Alonso;
4 – Quintas D’Oliveira;
5 – Olivas Del Tango;
6 – Vila Real;
7 – Quinta de Aveiro;
8 – Vincenzo;
9 – Don Alejandro;
10 – Almazara;
11 – Escarpas das Oliveiras;
12 – Garcia Torres.
Essas marcas apresentaram irregularidades graves e foram reprovadas em testes de qualidade, expondo consumidores a possíveis riscos.
Empresas com CNPJ suspenso
Outro ponto que reforça a gravidade do problema é que algumas das empresas envolvidas na fraude estão com o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso. De acordo com o Ministério da Agricultura, essas empresas já foram penalizadas pela Receita Federal, o que levanta ainda mais suspeitas sobre a legalidade de suas operações.
A venda desses azeites de oliva em comércios continua sendo uma infração grave, sujeitando os estabelecimentos que comercializam tais produtos a sanções legais.
Os consumidores que adquiriram qualquer uma das marcas citadas devem interromper imediatamente o consumo e descartar o produto. Além disso, o Ministério incentiva que eventuais denúncias sobre a venda desses azeites de oliva fraudados sejam feitas por meio do portal FALA.BR, canal oficial para recebimento de denúncias e reclamações.