*Sêmia Mauad/ Opinião MT
Foi deflagrada pela Polícia Federal, a Operação Trapaça, nesta quarta-feira, dia 16 de outubro. O objetivo da ação policial é desarticular organização criminosa que estaria envolvida com fraudes em processos de crédito rural, corrupção de servidores públicos e até mesmo crimes ambientais, cometidos na região da Amazônia.
Três mandados de prisão temporária foram cumpridos, além de 17 mandados de busca e apreensão. Seis servidores públicos já foram afastados até agora. Foi determinado também o sequestro de bens dos acusados no valor de R$ 100 milhões de reais, o que inclui propriedades rurais.
A polícia age em conjunto neste momento nos estados de Mato Grosso, Goiás e Pará.
O ESQUEMA FRAUDULENTO
A investigação feita pela polícia indicou que uma empresa de regularização fundiária seria responsável por falsificar documentos para instruir processos de solicitação de credito rural, o que facilitaria os infratores conseguirem financiamento para exploração de áreas ilegalmente desmatadas.
A apuração ainda mostrou que funcionários da empresa corrompiam servidores de secretarias de meio ambiente e outros órgãos fundiários, diante de pagamento de propina, para que as decisões fossem favoráveis.
A empresa teve a atividade suspensa e está proibida de atuar no mercado. Além dela, uma agência bancária que concedia crédito a áreas embargadas pelos órgãos ambientais também está com as suas operações paralisadas.
Pelo menos 5 mil hectares de floresta foram desmatados e queimados segundo a polícia. Isso foi feito depois da liberação do crédito rural.
A polícia ainda investiga e outras pessoas estão envolvidas no esquema, e se os valores recebidos foram usados para o financiamento de crimes ambientais na Amazônia.