Na manhã desta quarta-feira (2), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar depoimento relacionado às alegações de assédio contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. O depoimento durou cerca de uma hora e meia, encerrando por volta das 11h30. O caso tem sido investigado pela Polícia Federal e outras autoridades, sendo conduzido de maneira sigilosa.
Investigação e depoimento de Anielle Franco
A participação de Anielle Franco no inquérito é parte fundamental da investigação que envolve Silvio Almeida, demitido no início de setembro após denúncias virem à tona. Segundo fontes, Anielle Franco, que é uma figura central no Ministério da Igualdade Racial, já teria confirmado a colegas sua condição de uma das vítimas.
No entanto, sua equipe optou por não comentar o andamento das investigações, reforçando que as informações só serão divulgadas ao final do processo. O inquérito segue com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, que permitiu a continuidade das apurações de forma sigilosa.
Além disso, a Polícia Federal tem atuado de maneira cautelosa, conduzindo diligências e ouvindo testemunhas que possam contribuir para esclarecer os fatos. O sigilo do inquérito visa proteger as partes envolvidas e garantir a imparcialidade na investigação.
As investigações também contam com a participação ativa do Ministério Público do Trabalho, em Brasília, e da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
Ambas as instituições estão analisando as denúncias que surgiram a partir de uma reportagem publicada pelo site Metrópoles e divulgadas pela organização Me Too Brasil, que tem se destacado no combate ao assédio em diversas esferas de poder.
Silvio Almeida nega as acusações
Silvio Almeida, por sua vez, negou todas as acusações. Em uma nota oficial divulgada após sua demissão, Almeida afirmou que está confiante de que poderá provar sua inocência e reverter a imagem negativa que foi construída em torno de seu nome. Além disso, ele rechaçou as acusações de assédio moral e os pedidos de demissão que teriam ocorrido sob sua gestão no Ministério dos Direitos Humanos.