Sêmia Mauad/ Opinião MT
A ex-servidora da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar, Rita de Cássia, segundo a Polícia Civil, teria apagado informações sobre os termos de fomento que seriam fraudados dos computadores do órgão. A investigação apontou ainda que a acusada ocupava cargo comissionado na SEAF e era pessoa de confiança do ex-secretário da pasta, Luluca Ribeiro (MDB). O ex-secretário foi uma indicação da deputada estadual Janaina Riva e foi exonerado em julho deste ano, pelo governador Mauro Mendes, depois que algumas suspeitas começaram a aparecer.
Rita de Cássia, de acordo com a polícia, era a única servidora a ter acesso às pastas da rede compartilhada quer tiveram exclusão de arquivos. A acusada foi exonerada na última quarta-feira, dia 25 de setembro. Recentemente, ela ainda atuava como fiscal de contratos.
O prejuízo aos cofres púbicos chega a R$ 28 milhões de reais. O esquema ainda usaria um laranja para que os crimes fossem cometidos. A fornecedora dos produtos seria a empresa Tupã Comércio e Representação, do chapeiro Euzenildo Ferreira da Silva. De acordo com a polícia ele seria laranja de Alessandro do Nascimento, que seria um dos líderes do esquema criminoso de desvio de dinheiro.
A operação deflagrada pela Polícia Civil investiga a aquisição de kits agrícolas por meio de emendas parlamentares entre a Secretaria e o Instituto de Natureza e Turismo Pronatur. Os kits teriam sobrepreço de até 80% do valor de mercado.
Foram cumpridas mais de 50 ordens judiciais, sendo 11 mandados de busca e apreensão.