Os brasileiros têm até o dia 16 de outubro para recuperar os valores esquecidos que estão sob a custódia do Banco Central (BC). Esse prazo, estabelecido pelo Ministério da Fazenda, é resultado de uma medida que entrou em vigor em 16 de setembro, após a publicação da lei que desonera a folha de pagamentos. Valores esquecidos podem ser resgatados por meio do Sistema de Valores a Receber, sendo essencial estar atento aos prazos para evitar perder esse direito.
Montante dos valores esquecidos em bancos
Estima-se que aproximadamente R$ 8,5 bilhões estejam esquecidos em diversas instituições financeiras, incluindo bancos, administradoras de consórcios, contas pré-pagas, cooperativas de crédito, entre outras. Esse valor representa uma soma significativa que pode estar disponível para muitos brasileiros, desde que o processo de recuperação seja realizado dentro do prazo estabelecido.
De acordo com o Ministério da Fazenda, após o término do segundo prazo de 30 dias, caso não haja qualquer manifestação por parte dos titulares dos depósitos, esses valores serão automaticamente transferidos para o Tesouro Nacional. Esse procedimento reforça a importância de verificar se há algum valor a ser resgatado, uma vez que a incorporação ao Tesouro será definitiva.
Após o prazo inicial de 30 dias, haverá uma nova janela de tempo, também de 30 dias, durante a qual os cidadãos poderão contestar a transferência dos valores ao Tesouro Nacional. O processo de contestação poderá ser realizado por meio de um recurso ao Conselho Monetário Nacional (CMN). No entanto, é importante destacar que, se o CMN rejeitar o recurso, a transferência dos valores ao Tesouro será mantida.
Para aqueles que desejam reaver os valores esquecidos, mesmo após a rejeição do recurso pelo CMN, há a possibilidade de solicitar a devolução do dinheiro na Justiça. Esse pedido deve ser feito em um prazo de até seis meses, a partir da publicação do edital que regulamentará o procedimento.
Incertezas sobre o processo de contestação
Embora o prazo para contestação esteja estabelecido, o Ministério da Fazenda e o Banco Central ainda não divulgaram detalhes sobre como será o procedimento para questionar a transferência dos valores.
É esperado que, em breve, o governo publique um edital específico que trará informações detalhadas sobre onde estão localizados os valores esquecidos, incluindo dados como número de conta, agência bancária e a natureza dos recursos.
Essa falta de clareza no procedimento até o momento torna ainda mais crucial que os brasileiros acompanhem as próximas publicações e orientações oficiais. Perder os prazos ou não seguir os passos corretos pode resultar na perda definitiva do direito de recuperação dos valores esquecidos.