Sêmia Mauad/ Opinião MT
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), falou durante live realizada na noite da última quinta-feira, dia 26 de março, pelo professor Haroldo Arruda, sobre o indiciamento do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), que se tornou réu em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar falou sobre as supostas denúncias contra o político e ainda afirmou que as acusações se tratam de um “teatro montado” para que Bolsonaro seja preso.
“A primeira acusação é atentado violento ao estado democrático de direito armado. Foram presas 1600 pessoas, enganou as pessoas para entrarem em um ônibus e prenderam essas pessoas em um campo de concentração. E achou um canivete com essas pessoas? O que tinha lá era bíblia, bandeira do Brasil, e acusam essas pessoas de tentativa de golpe armado. A outra acusação contra Bolsonaro é que ele depredou patrimônio público. Como ele fez isso, se nem estava no país? Acusam ele também de não falar para as pessoas saírem e ir pra casa. Ele fez isso por três vezes. Só que não adianta nada nós gritarmos, ou querermos defender, porque não é uma questão de defesa. Nada pode derrubar aquele argumento do advogado de Bolsonaro porque ali é só um teatro. A narrativa está pronta. As mesmas pessoas que tentaram dar uma facada nele, agora vão ter ele preso dentro de uma cela de 2×3 a mercê para poder, realmente, acabar o que começaram”, ressaltou o deputado.
O deputado ainda complementa que “a decisão de torná-lo réu tomou como base uma materialidade daqueles que promoveram aquele ato de 08 de janeiro, só que o ex-presidente não estava no local. A defesa ainda afirma que não teve acesso a documentos da acusação”, explica.
Cattani ainda disse durante a gravação que o indiciamento do ex-presidente é na verdade um “linchamento”, como o parlamentar denominou. O deputado ainda ressalta que não há provas contundentes contra Bolsonaro.
“É um linchamento. Não um julgamento. Linchamento é quando você pega uma pessoa em flagrante delito e você mesmo faz a justiça com as próprias mãos. O que aconteceu com o nosso presidente Jair Bolsonaro é a mesma coisa porque as vítimas estavam ali dizendo que queriam o fim dele. Quando chegaram na casa do presidente Jair Bolsonaro, a única coisa que acharam foi um cartão de vacina vencido. Depois mandaram tudo isso para a PGR e lá, quando fizeram a batida pra tentar reunir provas contra o Bolsonaro, diz que acharam no telefone do Cid, uma minuta de golpe. É como se eu tivesse uma briga com alguém e escrevesse: Eu tenho raiva desse cara e quero fazer algo de ruim contra ele. Aí falaria que a narrativa é uma tentativa de assassinato, mas não sendo consumado nada, não existe crime. Isso é um absurdo”.
O parlamentar ainda continua dizendo que o STF já tinha intenção de indiciar Bolsonaro e os demais aliados dele.
“A PGR usa palavras como supostamente. Uma acusação não pode ser baseada em suposições. Lá tem palavras como hipoteticamente. Não existe hipótese em uma denúncia. E quando essa denúncia vai para o Supremo, já sabíamos da decisão, o próprio ministro Zanin comprova essa tese de que a decisão já estava tomada, quando se dirige aos réus antes de serem réus. A condenação de Bolsonaro já estava definida e se definiu quando o Lula indicou seu advogado pra lá: o Flávio Dino, e se orgulha em dizer, em ter um ministro comunista”, afirmou em entrevista.
Cattani finalizou falando sobre uma possível condenação e prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Eu não acredito em comoção social mais. O povo está com medo, mas o povo sabe da verdade. O Bolsonaro preso é um herói. Morto, ele é um mártir pra direita. Por mais que digam `perdeu, mané` ou `vencemos o Bolsonarismo`, como venceram? Está cada vez mais forte o bolsonarismo e mais presente. A maior prova disso são os políticos oportunistas estão vindo querendo se filiar ao partido onde está o presidente Jair Bolsonaro. Se fingem de bolsonaristas e vão para o Rio de Janeiro puxar o saco de Bolsonaro, e por trás chamando o Lula de estadista”, finalizou ele.